Não me joga assim nessa montanha-russa de novo. Me deixa parada, quieta, no meu mundo, na minha vida, na minha cidade. Não pense que eu fui por não te amar, meu bem. É que havíamos, ambos, eu acho, atingido o nosso limite. E a saudade - a vida se resume em sentir saudade - a saudade me consumia todos os dias e cada ligação, mensagem, carta, música, cada vez que eu me lembrava que tu existia - e que não estava perto de mim - e isso acontecia com frequencia, todos os dias, veja bem, de cinco em cinco segundos... cada vez parecia que uma espada estava sendo enfiada pela minha garganta, não, não, na garganta não, no peito mesmo. Ou parecia que estavam enfiando a mão inteira dentro de mim e arrancando meu coração aos poucos, dilacerando em saudade. Então, entenda quando eu te peço e te explico e escolho as palavras exatas pra dizer que não há mais. Que a gente, não há mais. E vamos nos encontrar, em outras cidades, outros mundos, outras vidas. E sempre seremos, sim, o nego ou nega do outro. Mas, naquele momento - e por agora - precisei dar um basta. E não digo por nós dois, mas por mim. Por mim e por mais ninguém. Você entende? Você está me ouvindo?
Não te preocupa que ainda vou lembrar de você, lembro todo dia sempre que passa alguém com aquele perfume que embora de muitos é só teu, ou quando vejo aquele filme, clipe, música que passou quando estávamos juntos naquele quarto fechado onde tudo que existia nós - e só nós. Agora as portas, as janelas, os telhados estão abertos e, por mais que eu peça, negue, recuse, você sabe, você no fundo sabe que tu pode entrar com apenas uma frase, uma palavra. "Sabe pitomba, nega?". Não faz, não faz, não faz. Não desperta algo que tu não pode domar e que eu levei tanto tempo pra controlar. Não me liga, nem manda mensagens na madrugada, não me manda minhas coisas enroladas em posters com tuas fotos, nem aquele dvd que tu tanto gosta, nem as balinhas que são tão nossas, tão a gente. Memórias de uma esperança do que a gente podia ser nesse ano. De uma chegada, uma vinda, uma surpresa. Do momento exato. Que ainda não chegou pra gente. E não vai ser agora, nem na próxima semana ou mês. O frio na barriga, o soco. Aquele mesmo daquele texto que te mandei e tocou fundo em ti, sabe. Esse mesmo.
Não te preocupa que ainda vou lembrar de você, lembro todo dia sempre que passa alguém com aquele perfume que embora de muitos é só teu, ou quando vejo aquele filme, clipe, música que passou quando estávamos juntos naquele quarto fechado onde tudo que existia nós - e só nós. Agora as portas, as janelas, os telhados estão abertos e, por mais que eu peça, negue, recuse, você sabe, você no fundo sabe que tu pode entrar com apenas uma frase, uma palavra. "Sabe pitomba, nega?". Não faz, não faz, não faz. Não desperta algo que tu não pode domar e que eu levei tanto tempo pra controlar. Não me liga, nem manda mensagens na madrugada, não me manda minhas coisas enroladas em posters com tuas fotos, nem aquele dvd que tu tanto gosta, nem as balinhas que são tão nossas, tão a gente. Memórias de uma esperança do que a gente podia ser nesse ano. De uma chegada, uma vinda, uma surpresa. Do momento exato. Que ainda não chegou pra gente. E não vai ser agora, nem na próxima semana ou mês. O frio na barriga, o soco. Aquele mesmo daquele texto que te mandei e tocou fundo em ti, sabe. Esse mesmo.
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