sábado, 27 de outubro de 2007

Aumenta o som que essa música me diz tanto
Que nem sei como não tem meu nome.
Sou uma criatura estranha, com uma solidão tamanha,
Daquelas que sempre tem que estar perto de alguém
Pra conseguir ficar bem, e que quando não tem ninguém faz manha

Eu cresci assim, menino genioso e impulsivo,
E até que gosto desse meu jeito.
Uso as mesmas camisetas, sempre tenho mil problemas
E nunca escondo meus defeitos.
Sempre ligo pros amigos quando me sinto sozinho,
Mesmo sem nada pra dizer.
Sempre digo que consigo e as vezes até acredito.
E as vezes até que me dou bem.

dance of days - essa música me diz tanto que nem sei como não tem meu nome
O primeiro a morrer.
O primeiro a escreverversos em folhas secas para o acaso levar.
De que me adianta anotar frases que não vou usar?
Linda, já não faz diferença...

E é tão fútil dizer ser incerto
E é tão fútil dizer ser incerto
E é tão fútil dizer ser incerto
Se eu sei bem o que eu mais quero

dance of days - linda, a dor não é tão glamorousa assim.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Madrugada é sempre fantasticamente produtiva em relação aos textos. É bom pra desligar. Não tem ninguém no emiéssiêni mesmo, o orkut já encheu o saco - juntamente com os fotologs - e não estou afim de me entupir de cultura inútil com o Harry Potter (o sétimo livro tá ótimo, mas TÃO diferente dos anteriores).
Incrível como com algumas pessoas é possível falar sobre qualquer assunto. Desde sapatos, que passam por cultura e livros de poemas, a sexo, sucos e pizza. Algumas pessoas só conseguem falar de sexo. Tá, acho divertido, bacana e aquela coisa toda, mas poxa...só ter isso na cabeça é complicado, né! Talvez a criatura só preste pra isso também (não dúvido muito). Podia vir com um botão "suma pós-sexo" também. (Eu realmente espero que as pessoas nunca leiam esses absurdos que passam pela minha cabeça!). COLDHEARTBITCH! Já disse isso? Coloquei em tanto lugar que nem me lembro mais. Será que sou? Nem sei. Acho que tento ser. Incrível, justo eu que sempre teve alta facilidade pra se apaixonar, sendo coração de pedra. Acho que as desilusões resultaram nisso. Nossa, que triste. Mas não, nem é. Foi bem bom tudo e, como disse a minha amiga seguindo a letra da música de uma banda que eu não me lembro qual é, "se soubesse o que sei hoje, erraria tudo exatamente igual". Talvez não exatamente. Mas acho que o lugar que eu estaria não seria diferente deste aqui. É, eu tou aqui. E melhor: estou VIVA. Às vezes quase me esqueço disso. Mas não agora. Agora eu sinto cada parte do meu corpo pedindo pra viver, desejando, buscando - nem que o objetivo seja desconhecido. Eu QUERO. E quando eu quero, meu amigo, eu não desisto.

domingo, 7 de outubro de 2007

Abre o peito e deixa o que vem de dentro falar.

Eu tenho tão pouco tempo pra pensar. Na realidade, o problema não é o tempo, mas sim a (falta) de organização dele. Meditar. Que diabos é isso? Eu, que sempre gostei tanto dessas coisas místicas e misteriosas, agora pouco - ou nada - me dedico a isso. Acontece que pensar dói - e é muito difícil evitar os pensamentos que machucam, acho que é por eles serem os mais fortes e vivos dentro de mim.
Economia. Como eu posso achar tempo pra pensar em nada mais além de mim quando eu tenho 16 (agora apenas 12) capítulos de economia pra ler? Demanda, oferta, preço, lucro, títulos, ações, etc, etc, etc. Toda essa organização absurda que é uma maraviiilha na teoria, mas que na prática não funciona. Tipo o socialismo. Eu tentei ser socialista, mas não consegui. Difícil demais. Ninguém quer ser igual aos outros, todo mundo quer sempre mais. Até as pessoas mais próxima da gente querem nos superar. Não todas, ok. Tem aquelas que tão no teu lado e não se consideram superiores a ti, mas são tão poucas. São raridades as pessoas que eu convivo que não são assim. Meu Deus, será que eu sou assim?! Em algumas ocasiões, provavelmente. Mas só com "conhecidos". Com amigos de verdade eu sou a mais real possível. Ahhh, de novo essa história de ser real. Se eu fosse real com todo mundo eu ia ter TANTOS problemas. As máscaras às vezes são necessárias. Mas só aquelas máscaras momentâneas, que caem rapidamente e mostram o quão real se é. DESVANEIOS, DESVANEIOS, DESVANEIOS.
E daí eu penso nessa busca que a vida é. Uma procura de não-se-sabe-o-que. Meu maior medo é que tudo vire tédio. Nossa, não suporto. Espero reler isso aqui daqui a vários anos e continue sendo agitada, inventando mil coisas. Quem sabe eu até pulo de paraquedas com 60 anos como uma amiga do pai fez. "Eu vou ser uma velha muito afudê". Queeem dera! Senão eu vou ser muito chata, já tou sendo agora (pelo menos é isso que a mãe me diz). E daí eu vou ler todos os livros do mundo. Tá, tá, chega. Até lá eu vejo como as coisas vão estar.

Minha filha, às vezes o príncipe não vem.
ÉÉÉÉÉ. Mas muito cedo, muito cedo.
Ordem. Essa era a palavra que eu queria. Ordem. Sempre faltou na minha vida. Então, agora, ORDEM.
Sofrer por você, viver, lutar
De joelhos hesitar por não te desejar
Passos largos (s)em direção
Desejos por trás de desejos
Por tanto te odiar
E por isso tentar,
Por isso trabalhar,
Por isso roubar
Por mais forte que seja
Você (não) esta aqui.

sábado, 29 de setembro de 2007

"Mas nem sempre é necessário tornar-se forte.Temos que respeiar nossas fraquezas.Então, são lágrimas suaves, de uma tristezalegítima à qual temos direito.Elas correm devagar e quando passam peloslábios sente-se aquele gosto pouco salgado,produto de nossa DOR mais profunda."

Como eu amo Clarice Lispector.
"...Que minha solidão me sirva de companhia, que eu tenha a coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo."
-Clarice Lispector.

Quem me dera.

domingo, 16 de setembro de 2007

Eu escrevia muito quando menor. Adorava. Acho que as coisas são mais claras quando se é pequeno. É mais fácil organizar os pensamentos e selecionar o que realmente se quer falar. Hoje eu tenho muito mais pra dizer, analisar, criticar e desabafar, mas é tanta coisa junta que fica difícil escolher as palavras certas que consigam expressar perfeitamente o que se deseja ser dito. As palavras estragam toda a ordem do pensamento.

sábado, 8 de setembro de 2007



Só wild, so young, bright-eyed and free.

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. - Clarice Lispector

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O cúmulo da inutilidade: quatro da manhã, numa segunda feira (terça agora, né. mas o dia só acaba quando eu vou dormir, então ainda é segunda) e eu aqui sentada na frente do computador, com o orkut aberto, pensando em qual mudança eu posso fazer no meu profile. Ridículo, eu sei. Mas ao mesmo tempo que é tão ridículo, é tão comum. Pior é saber que não sou a única.

O mais irritante mesmo é sentar aqui pra escrever algo e nada sair. Ou sair tudo, porém sem fazer sentido algum. Como se eu soltasse só peças de um todo e não conseguisse encaixar elas nunca. Vão vir só desvaneios absurdos e se eu não deletar isso aqui sem nem postar, já é lucro. Inconstância de merda.

Sempre que eu tenho os meus desvaneios e as pessoas lêem elas vêm me perguntar "o que houve? tu tá triste?". Não sei responder. Ninguém gosta de admitir que tá triste, em primeiro lugar. Segundo, que eu nem sei se tou triste. É um estado de espírito, diríamos assim. Um estado de espírito em que se quer encontrar respostas, mas quando mais se procura, mais perguntas surgem. Nada é nunca respondido por inteiro. Interminável.

A realidade é que tá todo mundo doido. E nem vou utilizar mais o "TENTE SER REAL" porque, além de ter virado clichê, ainda usam o"slogan" contra mim. Deus, onde vamos parar? Tá triste a coisa. Mas é uma tristeza tão natural, tão cotidiana que nem dá mais pra sentir. Nada que uma alegria momentânea não consiga esconder (pelo menos nisso eu sou boa). Incrível como vamos nos calando, criando muralhas, impedindo-nos de sentir. Vamos, aos poucos, restringindo-nos de tudo que é bom. Não, ninguém quer se machucar. Pelo menos eu me sinto viva. Será? Nem sei mais. "Já tentei de tentar achar respostas pra tudo em mim", como já dizia o Bil. DALHE BIL!

O mundo tá virado de cabeça pra baixo. O meu, pelo menos, tá.
Se eu pudesse, pegava um onibus e ia pruma praia qualquer, sozinha. Nossa, como eu queria estar sozinha, pelo menos nesse instante. Talvez assim eu me encontrasse. É, me perdi. E não sei nem onde começar a me procurar.