domingo, 7 de outubro de 2007

Abre o peito e deixa o que vem de dentro falar.

Eu tenho tão pouco tempo pra pensar. Na realidade, o problema não é o tempo, mas sim a (falta) de organização dele. Meditar. Que diabos é isso? Eu, que sempre gostei tanto dessas coisas místicas e misteriosas, agora pouco - ou nada - me dedico a isso. Acontece que pensar dói - e é muito difícil evitar os pensamentos que machucam, acho que é por eles serem os mais fortes e vivos dentro de mim.
Economia. Como eu posso achar tempo pra pensar em nada mais além de mim quando eu tenho 16 (agora apenas 12) capítulos de economia pra ler? Demanda, oferta, preço, lucro, títulos, ações, etc, etc, etc. Toda essa organização absurda que é uma maraviiilha na teoria, mas que na prática não funciona. Tipo o socialismo. Eu tentei ser socialista, mas não consegui. Difícil demais. Ninguém quer ser igual aos outros, todo mundo quer sempre mais. Até as pessoas mais próxima da gente querem nos superar. Não todas, ok. Tem aquelas que tão no teu lado e não se consideram superiores a ti, mas são tão poucas. São raridades as pessoas que eu convivo que não são assim. Meu Deus, será que eu sou assim?! Em algumas ocasiões, provavelmente. Mas só com "conhecidos". Com amigos de verdade eu sou a mais real possível. Ahhh, de novo essa história de ser real. Se eu fosse real com todo mundo eu ia ter TANTOS problemas. As máscaras às vezes são necessárias. Mas só aquelas máscaras momentâneas, que caem rapidamente e mostram o quão real se é. DESVANEIOS, DESVANEIOS, DESVANEIOS.
E daí eu penso nessa busca que a vida é. Uma procura de não-se-sabe-o-que. Meu maior medo é que tudo vire tédio. Nossa, não suporto. Espero reler isso aqui daqui a vários anos e continue sendo agitada, inventando mil coisas. Quem sabe eu até pulo de paraquedas com 60 anos como uma amiga do pai fez. "Eu vou ser uma velha muito afudê". Queeem dera! Senão eu vou ser muito chata, já tou sendo agora (pelo menos é isso que a mãe me diz). E daí eu vou ler todos os livros do mundo. Tá, tá, chega. Até lá eu vejo como as coisas vão estar.

Minha filha, às vezes o príncipe não vem.
ÉÉÉÉÉ. Mas muito cedo, muito cedo.
Ordem. Essa era a palavra que eu queria. Ordem. Sempre faltou na minha vida. Então, agora, ORDEM.

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