sábado, 14 de junho de 2008

Eu podia escrever com mais freqüência, verdade. Até porque, eu escrevo tanto nos meus fotologs. Porém, lá eu escrevo coisas banais, do dia-a-dia. Aqui sou mais introspectiva. Meio que já convencionei isso. O que é ruim, né. Convencionar o que se escreve. Acabo não ficando livre pra digitar qualquer coisa que vier na minha cabeça, expressando do melhor jeito possível. Viu. É inconsciente. To parada aqui olhando pra tela, pensando no que escrever. No fotolog, não. Vou escrevendo qualquer coisa mesmo. E AH, tem outra coisa: não é madrugada. Meus textos surgem na madrugada. No silêncio. Na solidão. Solidão é uma palavra forte. Pensa-se que é algo ruim, ficar sozinho. Mas, às vezes, é a melhor coisa que pode-se fazer. E no mundo de hoje, com tanta interatividade por todos os meios possíveis (telefone, celular, internet, msn, orkut, e-mail e o diabo a quatro), fica difícil ficar sozinho. Eu já me desacostumei a estar sozinha. Tou sempre procurando me comunicar. Mas vou aprender a controlar. Aliás, tenho reparado que se pode aprender muito mais estando consigo mesmo e conversando com si próprio do que passar horas se comunicando sobre qualquer coisa com qualquer outra pessoa. Só porque precisa dizer algo pra alguém. Acabamos inventando esse "algo" pra falar. Porque sim, muitas vezes não tem o que se dizer, mas a gente busca, lá no fundo, qualquer coisa, comentário, observação pra se dizer pro outro, só pra iniciar uma conversa. Acho que é medo. Medo de ficar sozinho. Porque, querendo ou não, quando se fica só, se pensa. Se pensa. E se pensa. E, quando mais se pensa, mais perguntas surgem e menos respostas aparecem. A as respostas que se encontram trazem mais perguntas, dessa vez insolucionáveis. "As conseqüências podem ser problemas com soluções impossíveis". Não bem isso, mas quase. Ou algo do tipo. Gosto dessa frase. Bastante. Grande Sugar Kane. Enfim, ninguém gosta de não compreender. Mas Clarice diz que quando menos se compreende, mais se compreende. E eu acredito.